quinta-feira, 6 de julho de 2006

Some news

Completei um mês no novo trabalho.
A chefinha me disse ontem que está contente com meu trabalho, com minha presença.

Yeah!
Uêba!
Yuîiiiiiiiiii!

up date 7 de julho:
O interessante deste comentário da nova chefinha é que há pouco tempo saí de uma empresa onde trabalhei durante 4 anos e meio e somente depois de 4 anos na empresa é que algum chefe me falou que gostavam da maneira como eu trabalhava em geral.
Antes disto, ou ninguém fez nenhum comentário ou nas poucas vezes que fizeram uma vez me disseram que eu era turista. Como assim?
Pois eu trabalhava somente 80h/mês. Ora bolas, eu queria trabalhar mais, mas a empresa não oferecia contrato de mais horas na época (ou tempo integral, 35h/semana pela lei francesa) pois não tinham dinehiro ou não era necessário empregar gente para trabalhar mais tempo. Mas nós, índios, podíamos fazer hora extra de graça e não nos pagavam as tais horas extras pois, como eu acabei de escrever, a direção achava que não era necessário empregar mais gente então, não era necessário que qualquer pessoa fizesse hora exta. Mesmo se no serviço, aquela sala enorme onde todos trabalhávamos ao mesmo tempo, cada um em sua mesa, nos fizessem compreender que a coisa tava preta e que estávamos com o time desfalcado. Para os caciques locais não éramos o suficiente. Para os grandes caciques dos andares superiores éramos o suficiente.
Sacaram o espírito da coisa? Chefe é chefe, direção do chefe é direção. Lá de onde saí tinha muito cacique para pouco índio. E entre os índios haviam os anciões e os novatos. E quem semrpe entrava pelo cano? Entenda-se: anciões são aqueles índios que tinham mais de 6-7-8 anos de casa. Até bem mais que isso.
Ainda bem que me livrei disso!! Os coleguinhas que continuam por lá continuam sofrendo.
That's life.


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A França ganhou o jogo de ontem, o qual não vi na tevê por não ser fã de futebol. Aliás o único jogo que vi mais ou menos (com um monte de cabeçéoes na frente, de pé, com calor) foi o Brasil x França, por motivos mais que óbvios, eu e Croissant fomos ver o tal do jogo num bar, vestidinhos de brasileiros. Ele estava decepcionado que o Brasil tenha perdido e contente que a França ganhou (apesar de achar que os jogadores franceses se acham muuuuito - demais da conta - stars et que bem, o time deveria chamar seleção de imigrantes-colonizados-franceses...).

Pois bem, a França ganhou o jogo de ontem, eu dizia.
Como estou num país de primeiro mundo e que tudo que acontece aqui não é como aí... teóricamente:

- uno morreu no metrô de Paris: subiu no teto de dos trens e resolveu pular para o trem do sentido contrário, caiu nos trilhos e morreu. O metrô de Paris funciona com eletricidade, pisou/caiu no trilho virou churrasquinho.

- unos tinham feito uma aposta: se a França ganhasse pulariam no Saône (o rio que atravessa a cidade de Lyon). Eram 7 pessoas. Só 6 voltaram à tona.

- unos brigaram (às vezes com mortos) em várias cidades - no estádio Charlety, dentro de Paris, onde havia um telão para que o povão visse o jogo-, um outro foi esfaqueado numa outra cidade (Montpellier) e a polícia diz que não tem nenhuma ligação com as festas da Copa, uma moça sentada na janela de um carro morreu pois o motorista perdeu contrôle, um cara perdeu o contrôle de sua moto e feriu umas 5 pessoas, etc etc, alguns incidentes relatados pela impresna e tenho certeza que vários outros incidentes não sairão nos jornais.

Embaixo do meu prédio, por exemplo, aqueles jovens simpáticos que querem emprego e que protestaram há algumas semanas, brigaram, colocaram abaixo uns tapumes das obras que estão fazendo no prédio, quebraram uns vidros (de não sei o quê, não desci para conferir), e quando a polícia chegou os recebram com pedras - isto é normal aqui entre os jovens em dificuldade que não tem emprego (e que não falam francês direito, pois se vc não é do meio deles não compreende o que eles falam e se um deles estiver falando com vc, muitas vezes tem que pedir para repetir) - e o carrinho da polícia foi embora depois de ter ficado 5 egundos na calçada. Não voltou, não mandou reforço. O térreo estava uma porcaria hoje de manhã quando saí para o trabalho.
Tb aproveitaram para soltar fogos, a festa e feriado nacional do 14 de julho está chegando. E é claro que os fogos perto de casa (e em outros locais) foram apontados na direção das pessoas que passavam, e não pro céu.

Essa é a festa. Enfim, eu é que não vou ficar na rua - de novo - domingo na hora do final, vou é ficar quietinha em casa. Que a França ganhe ou perca, vai ter zona e problemas (oh, talvez uns carros queimados, uns mortos...)

Só lembro de uma antiga colega de trabalho que teve o carro incendiado naquelas brigas/manifestações do início do ano: o seguro do carro não reembolsa esse tipo probleminha. Ela perdeu o carro e não teve nenhuma ajuda para comprar um novo. Ela ia colocar um advogado na história, afinal ter o carro incendiado por malandrões não é comum e ninguém coloca isso como cláusula no seguro de carro.

Mas visto o aumento na quantidade de carros queimados do ano passado para cá, acho que aqui na França deveríamos rever este quesito, não?

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