sexta-feira, 25 de novembro de 2005

Dia internacional pela eliminação da violência contra a mulher - ONU

Sou uma militante discreta. Tento fazer do meu melhor defendendo causas do meu canto. Talvez o melhor e mais eficaz seja gritar aos quatro ventos a causa que estou defendendo, mas por enquanto sou assim, quietinha.
Hoje, para participar de nossa blogagem coletiva, menciono algumas coisas que foram publicadas aqui na França esta semana.
Por causa do Dia internacional pela eliminação da violência contra a mulher tem-se publicado muitas (não exageremos) matérias e estatísticas e informações diversas sobre o assunto. Mas nem sempre, ou quase nunca, se diz que dia 25 de novembro, hoje, é o dia que a ONU escolheu como dia oficial deste combate.

Aqui na França, 1 sobre 10 mulheres sofre violência conjugal.

Uma mulher morre a cada 4 dias na França metropolitana (aqui na Europa, não estão contando os departamentos e territórios Além Mar como a Guadalupe e a Martinica) de “resultados de violências no seio do casal” contra um homem a cada 16 dias. (Metro/AFP)

Há moças, em geral de confissão muçulmana, que são imoladas por terem recusado um “avanço” de um rapaz, outras são casadas de força por suas famílias, mesmo morando em um país dito “ocidental de primeiro mundo”. Outras também são enviadas para passar férias com a parte da família que ficou na Africa do norte (Magreb) ou no resto do continente e que não voltam mais à França pois as férias oferecidas foi um subterfúgio para enviá-las rumo à um casamento arranjado e obrigatório.

A partir de janeiro de 2006 o governo francês vai iniciar um programa em prol destas mulheres que poderão assim ser acolhidas por algumas famílias prontas a ajudá-las a se reconstruir. Estas ações acontecerão - e serão colocadas em prática - primeiro na ilha da Reunião (Oceano Indico) e na Ardèche (quase no centro da França). Redes de apoio e ajuda serão instalados em modo experimental em Clermont-Ferrand (centro), Créteil (região em torno de Paris) e Nantes (costa atlântica).

O governo não se pronuncia muito sobre o que fará com os agressores a evoca a criação de “grupos de trabalho”.

Os agressores são condenados a mais tempo de prisão quando a vítima é seu cônjuge. A ministra delegada à “Paridade” Catherine Vautrin quer que uma lei seja votada para extender a circunstâncias agravantes aos ex-cônjuges e ex-concubinos. A votação terá lugar dia 13 de dezembro na Assemblée nationale.
Notícias individualizadas, mas que não minimizam o que acontece. Viollência contra as mulheres não acontece só em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento (ou emergentes), acontece também no chamado primeiro mundo.
Ainda há muita gente que esconde o fato, que não pede socorro. ainda tem muito preconceito sobre o deixr aparecer e mostrar o que acontece no íntimo do casal. Mas é falando que atingiremos mais pessoas e que a situação poderá mudar.
Já ouvi várias vezes aqui a „piada“ que “é para bater na sua mulher todo dia pois mesmo que vc não saiba porque está batendo, ela sabe porque está apanha,do”. Infame. E ainda tem gente que ri.

Como dizemos aqui, n'importe quoi.

Passar neste
portal para maiores informações sobre o que se faz para combater esta violência.
foto de um mapa publicado na edição do dia 24/11 no jornal Metro (o site estava fora do ar hoje).

3 comentários:

Anônimo disse...

É isso aí, jussara! Também tô participando dessa. Abaixo qq tipo de covardia, inclusive a do rolo de macarrão!

Anônimo disse...

Oi Jussara!
Tamos juntas nessa, querida...
Beijo

Patricia kenney disse...

Querida Djoussarah, Jiussarah, Juste Sarah, Jussariá, Jussaná, Jurassá, Joue Sarah...Ok, então Sarah... hahaha, adorei isso!
Muito legal sua contribuição informando o que acontece por aí.
Abraço
pat