terça-feira, 11 de outubro de 2005

Cursinho, 2° episódio

Este cursinho noturno que falei abaixo, uma vez por semana, é para praticar a escrita de dissertações e notas de síntese em francês. Deu a louca nimim que talvez ano que eu vem eu prepare (e passe?!) concursos públicos franceses.
Só deu a louca de seguir estas aulas, não estou inscrita em nenhum concurso, apesar de haverem muitos editais publicados por aqui para 2006.

Não que eu não saiba fazer dissertação, tenho meus métodos - afinal, depois de uma graduação, duas pós (sendo um mestrado) e uma tese de doutoramento em curso, acho que sei escrever en français.

Pois é, o professor é um professor de filosofia com cara de louco, óclinhos de intelectual, camisa social rosa sobre calça azul marinho, sempre, toujours, pela 3a vez - foi a 3a aula hoje. Bom, é um professor como se ouve falar por aí, ele é professor de philosophie. E ainda tem uma mecha rebelde que de vez em quando cai em cima dos zoio (direito) que ele joooga pra trás ou passa a mão num movimento fugoso da motivação de estar falando de Kant, dos stocianos, Platão e a ecologia que seria "a boa consciencia dos países desenvolvidos" - tivemos 2h para escrever muuuitas páginas.

(Na correção meu francês escrito está muito bom segundo ele, merci, mas tenho que praticar dissertar sobre cultura geral - pois é, meu negócio é história da fotografia e da arte, pelo menos um pedaço dela).
Enfim.

O que acho interessante também neste cursinho é poder comprovar algo que vi em sala de aula no Brasil, na Inglaterra, aqui em curso de francês e numas aulinhas da faculdade e neste cursinho atual: em toda e qualquer classe de todo e qualquer curso em qualquer lugar do mundo ocidental acharemos o:
- 1° da turma - aquele sabidinho (a), sempre pronto para responder, pronto para ajudar a distribuir os impressos que o professor quer distribuir, que segue tudo o que o professor diz e que sopra onde ele estava quando o mesmo perde o fio da meada;
- o (a) resmungão(ona) - que reclama de tudo: do pouco tempo que nos foi dado para escrever o parágrafo pedido, que não há folhas o suficiente, que não é assim que o professor Fulano de Tal ensinou em mil novecentos e lá vai fumaça;
- o(s)a(s) perdido(s)a(s), nunca sabem que parte do documento estamos lendo, que entrou no curso/aula errada e só se dá conta mais de 30 minutos depois (detalhe: a outra turma do mesmo curso tem uma professora loira, o meu teacher é homem e moreno);
- aqueles que vem estudar sem caneta, caderno ou folhas avulsas para poder tomar notas.

Toda classe é classe, não? Com vocês também é assim?

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