sábado, 13 de março de 2004

O dia-a-dia continua...

... apesar de tudo.

Por causa do atendado madrilenho liguei a tevê para ver o jornal das oito. Há mais de 10 meses que não ligo o tal aparelho. Quanta visão de horror. Não consigo me decidir se é interessante e legítimo da parte dos jornalistas mostrar aquilo tudo ou se deveria ter havido uma "certa" censura nas imagens, tipo assim, não mostrar o pessoal médico andando por entre corpos despedaçados para ir ver algo/alguém mais além, mas mostrar (como mostraram) os trens explodidos, sem os pedaços de corpos representando as vidas humanas perdidas. As imagens dos trens já são impressionantes, mostrar os corpos... Tem crianças na frente da tevê. Sei lá. Bem, enfim, é um outro debate.

Enquanto acontecem manifestações em vários países por causa dos mais variados assuntos, vou continuando meu caminho de estudante-salariada. Um dos nossos trabalhos de grupo é fazer a auditoria de um saite de uma empresa francesa (construtora de automóveis da marca "Ran-Ran").Temos que fazer um negócio sério, como se fôssemos uma agência de auditoria. Eh uma maneira de aprendermos trabalhando e à empresa de obter um estudo di grátis. Faremos o trabalho para a empresa, com acompanhamento universitário.

Apresentamos nossa primeira proposta esta semana e os professores disseram que não colocamos nossas opiniões o suficientes, nem nossas impressões, que não descrevemos o suficiente os metaconceitos de segurança automobilística (e em geral) e de internacionalização de uma marca, que não desenvolvemos a parte semiótica do estudo, falamos de coisas muito práticas. Só falamos das práticas, a parte intelectual e conceptual falaríamos (e vamos falar) no estudo - a ser entregue em junho. Devemos entregar um trabalho prático, com recomendações de transformação do saite, como eles deverão colocar em prática (no saite) a política de comunicação da empresa.

Tudo bem que queiram que pratiquemos o vocabulário erudito pois o curso é feito em uma universidade, mas no final temos que entregar um trabalho prático e realizável. Na vida real não falarmos tão difícil assim (se bem que tem gente que não hesita em usar jargões de erudismo, algumas vezes pedantes...), as coisas têm que ser apresentadas de maneira clara para os nossos futuros clientes de auditoria... Seguindo o que nossos professores querem que façamos, não sei se os comanditários do estudo vão compreender o que falaremos. Ou será que o objetivo é que eles não nos compreendam mesmo?

Suspiros...

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