terça-feira, 2 de março de 2004

O carro começou a andar...

Mais um pouco e poderia chamar de trio elétrico, para ficar no ritmo da semana passada (no Brasil, claro, não porraqui, carnaval, cês sabem, não é uma "atitude" no vocabulário daqui).

O carro alegórico onde me encontro é bem interessante. Por exemplo, como na escola quando eu era guria nos idso de mil novecentos e lá via fumaça, tenho deveres de casa: tenho que brincar com umas imagens que a fessôra nos deu no Photoshop, inventar um logotipo ou algo assim. Como eu quiser, do jeito que quiser. Só brincar. Cá estou eu brincando (não aqui no blog, mas no photoshop...).

Novidade
Todos os dias de manhã tô pegando o metrô (oh, quanta originalidade!! não sabia que eu ia de camêlo para algum lugar...) o que é inédito na minha vida é fazer isso todos os dias de manhã quase na mesma hora (é que anos de trabalho na "Catastrophe Assistência" ou na "Hazs Dagen" com horarios loucos, cedaço de manhã bem cedo - eu sei, é, redundância, mas uma vez substituí um rapaz numa HD de uma estação de trem e comecei às 5h da manhã... pra nunca mais!). Eu dizia, trabalhei nos horários mais variados possíveis, qualquer dia da semana. Meu findi sempre caía numa segunda, ou terça, nunca no findi mesmo (salvo algumas raras ocasiões, tenho que admitir que na Cata Assist eu tinha um findi inteiropor mês), agora com esse curso é que estou vivendo semanas normais, com horários normais, como a maioria das pessoas. Já comecei a ficar amiguinha do rapaz que distribui jornal gratuito na boca do metrô: ninguém diz obrigado (pelo menos nunca ouvi), pegam o jornal, não olham para ele e vão embora. Eu dou bonjour e digo merci. Hoje ele sorriu para mim, como se me reconhecesse da semana passada, o que foi muito engraçado.

No metrô reconheço algumas carinhas, as quais não sei se estão de cara fechada porque é de manhã, porque está cedo e gostariam de estar dormindo, ou porque são mau-humorados assim mesmo. Gostei muito de observar uma senhora hoje, não conegui ler o título do livro dela, mas achei muito eficaz ter colocado uns post-its na capa do livro, daqueles pequenos, para ir marcando as paginas interessantes. Eu sempre levo uns 500 pedacinhos de papel na bolsa, ou escrevo o número da página e quando chego em casa corro pra anotar o que me chamou atenção. Deveria ter pensado nestes post-its colados bem antes!

O mais engraçado mesmo, é observar aquele povo que não compra jornal nenhum, mas se debruçam por cima do ombro de alguém para ler as notícias. De vez em quando me pego fazendo a mesma coisa quando estou sem jornal ou livro nas mãos. E uma mania nesa terra, ler o jornal do outro. As vezes sou má: quando percebo que estão lendo por cima do meu ombro mudo de página rapidinho... eu sei, não sou legal com meus iguais, mas não resisto!! Eles tentam continuar lendo, continuar com um outro artigo, aí eu mudo de página de novo, e mais uma vez, até eles desistirem. Eu deveria dividir mais meus jornais, até deixá-los num banco público, mas como termino de ler em casa, acabo jogando no lixo.

Pelo menos uma das coisas bem legais do lugar onde estou fazendo meu curso de teorias da comunicação para cristalizar o sentido da semiótica da apresentação tabular de um web site com um objetivo de dinamizar o tráfego e de optimizar a leitura comunicacional.... o que é legal é que todos os dias de manhã temos vários jornais (cotidianos nacionais) à disposição, gratuitamente, afinal é uma faculdade de comunicação.
(Não peçam para explicar o que disse acima pois eu ainda não tenho o dicionário correspondente...)

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