Vamos dar parabéns para ele !
1789. Revolução Francesa. Rei deposto, nobreza emigra, bens são tomados ouu deixados para trás nas residências e palácios. O governo revolucionário tem homens visionários em seu seio e não destrõem tudo o que foi deixado para trás.
Em 1791 um decreto da Assembléia consacra o Louvre como um lugar para a « reunião de todos os monumentos das ciências et das artes ».
Em 10 de agosto de 1793 é aberto o Museu Central das Artes. Sob a tutela do Ministério do Interior, ele é administrado por artistas pintores, escultores e um arquiteto (Hubert Robert, Fragonard, Vincent, Pajou, Wailly). A entrada é gratuita e o espaço é aberto em prioridade aos artistas durante a semana e aberto ao público em geral durante os finais de semana.
As obras expostas são por sua maior parte pinturas oriundas das coleções reais apreendidas, ou bens de emigrantes que fugiram do país. O espaço do museu nesta época corresponde ao Salão Quadrado (Salon Carré) e à Grande Galeria.
Aos poucos as coleções aumentam e ocupam todos os espaços do palácio. A partir de 1798 pinturas italianas das coleções pontificais de Veneza chegam em Paris, assim como outras obras adquiridas durante das campanhas de Napoleão.
Estas aquisições formam o Museu Napoleão que abre de 1802 até 1815.
Quando Napoleão é destituído este museu fecha após as nações que tiveram suas obras tomada vieram recuperar seus bens. O Museu central continuou aberto pois seu acervo eram obras do país (as tais conficasdas à partir de 1789).
Em 1800 para comemorar o golpe de Estado (18 Brumário) os apartamentos da Ana da Áustria recebem as esculturas da antiguidade. Foi o melhor lugar para colocá-las pois estas esculturas sendo muito pesadas, o único meio para expô-las era colocá-las no térreo, não haveria perigo de que o chão cedesse. Por sua localização no prédio esta parte torna-se a entrada do museu. Ficou situado ali até a construção da pirâmide (inaugurada em 1989).
Entre 1804 e 1811 diversas obras são realizadas para melhorar o museu inclusive uma nova maneira de iluminar a Grande Galeria fazendo-se aberturas ovais no teto e telhado da mesma para garantir uma iluminação zenital.
Durante os séculos 19 e 20 o museu continuou a aumentar e ter suas coleções enriquecidas por doações e aquisições.
Era um conjunto de mini museus dentro de un grande museu.
As coleções egípcias fazem sua entrada em 1827, no museu Carlos X. Jean-François Champollion (1790-1832) o grande descobridor da tradução dos hieróglifos, é nomeado deste 1826 para dirigir e organizar as coleções egípcias.
Em 1847 é inaugurado o museu Assírio dando origem assim o museu à arte islâmica que sera realmente aumentada e valorizada à partir de 1922 com a doação de uma coleção particular.
Uma grande coleção é adquirida em 1861, a Coleção Campana com mais de 11.000 objetos de arte entre pinturas, e obras da antiguidade com um destaque especial para a coleção de cerâmica grega.
A partir de 1882 o edifício é quase totalmente dedicado à cultura. O Ministério das Finanças fica ali instalado até 1989 (ocupando entre outros espaços os apartamentos de Napoleão III, parte do Pavillon de Flore).
O Museu das Artes Decorativas anexado ao Museu do Louvre é inaugurado em 1905 e foi criado impulsionado pelas exposições universais que aconteceram em Paris alguns anos antes.
Durante a Segunda Guerra Mundial as obras do museu foram tiradas do prédio, enviadas ao castelo de Chambord e depois despachadas em vários lugares da França. Durante a Ocupação, desde 1940, o Museu abriu suas portas, mesmo se encontrando vazio de suas coleções podia apresentar cópias e modelagens de obras.
Após a Segunda Guerra planos para reorganização do museu e regrupamento das obras de arte foram feitos. Assim em 1945 as coleções asiáticas são transferidas para o Museu Guimet.
A partir de 1947 um espaço dedicado ao Museu Impressionista é criado. Mas quando começou a faltar espaço, estas coleções foram transferidas em 1986 para um museu criado para recebê-las : o Museu d’Orsay.
De julho de 1983 até 1989 o Louvre passou por grandes obras, construção da pirâmide, a nova grande entrada, organização interna das salas, construção da área de lazer/compras e praça de alimentação.
Somente em 1993 o Museu passa sob a tutela do Ministério da Cultura o que lhe dá uma maior autonomia na sua gestão.
Hoje em dia o museu é um espaço gigantesco, com obras de arte indo da antiguidade até 1914, abrangendo várias épocas e lugares do mundo. Também oferece exposições temporárias de âmbito internacional, ciclos de debates e de projeção de filmes.
Voltando um pouco no tempo... a Escola do Louvre funciona no palácio desde sua fundação em 1882. Desde 1972 a escola é situada no Pavilhão de Flora. Durante alguns anos os estudos estavam divididos entre o antigo anfiteatro situado no 34 Quai François Mitterand (onde comecei !), a biblioteca e uma outra sala de aula ficavam no Pavilhão de Flora e as aulas práticas diante das obras do museu (do Louvre ou en outros segundo a época estudada).
A partir de 1994 o novo anfiteatro foi inaugurado, amphithéatre Rohan, com entrada pelo Carrousel do Louvre (ou pelo 99, rue de Rivoli). A biblioteca mudou-se durante uns anos para um outro endereço dentro de Paris e depois voltou para Flora quando as novas instalações nesta ala Flora foram inauguradas em 1998.
Segundo uma estimação que podemos ler por aí pela internet, se vôce entrar hoje no Museu e ficar 5 meses sem sair, passando mais ou menos um minuto na frente de cada obra você talvez veja todas as obras expostas. Faltará a reserva do museu, que é uma mini cidade no subosolo do edifício e que comporta mais do que o dobro das obras expostas.
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