domingo, 3 de fevereiro de 2013

Uma noite com Edward

Adoro ir em museus e frequentar exposiçoes. Chamo de deformaçao profissional. Pensar e fazer coisas ligadas à profissao mesmo nas horas vagas.

A exposiçao retropsectiva do pintor americano Edward Hopper abriu no Grand Palais dia 10 de outubro de 2012, deveria fechar dia 28 de janeiro. Devido ao enooorme sucesso que ela foi prolongada até dia 3 de fevereiro, hoje. Além destes dias a mais, durante o mês de janeiro as "nocturnes" foram até mais tarde (23h) e nos três ultimos dias, de 1° de fevereiro até dia 3, o Grand Palais ficou aberto non stop. 
Isto mesmo, houveram duas noites Hopper, dava para ir ver uma exposiçao depois da balada.

Para ter uma idéia do sucesso, até ontem à noite, haviam contabilizado mais de 780.000 visitas.

Fiquei enrolando para comprar meu ingresso, sempre da' para comprar com antecedência. Enrolei, nao comprei e achei que ia perder a oportunidade de ver muitas obras deste pintor muito interessante reunidas no mesmo espaço.

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Para sorte minha, organizaram estas noitadas.

Maridô e eu resolvemos passar uma noite com o Edward Hopper. Marcamos com uns amigos e la' fomos nos, dia 1° de fevereiro.

Chegar na porta de um museu e fazer fila para entrar a 1h da manha (chegamos com meia hora de atraso) é bem exotico. E atrai muita gente.
Ficamos na fila durante duas horas e meia. Estava um tiquinho frio (a meteorologia previu 6° positivos, preferi nao conferir, senao eu ia desisitir).

Algumas marcas participaram do evento, alias duas somente : a marca de cremes e afins Kiehl's e o Starbucks. A primeira distribui amostras gratis de cremes para as maos e para o corpo e a segunda café e cookies (os cookies acabaram rapidinho).
Além das marcas o museu contratou um clarinetista para tocar no pé da escada de acesso (nao da' para vê-lo na foto, infelizmente). Quando estavamos longe pensavamos que era uma gravaçao. Quando vimos o senhorzinho (de uns 65-70 anos) pensei benza-deus! O coragem. Ou entao ele ja' estava congelado e nem estava sentindo mais nada.

Ir à uma exposiçao no meio da noite é um fato em si. Pela primeira vez da minha vida, fora das "Noites brancas", entrei em um estabelecimento cultural as 2h30 da manha.

Saimos às 4h30, duas horinhas para percorrer as varias salas.
O local é espaçoso, mas por causa do sucesso estava muito lotado e nao dava para curtir bem os quadros.
E como muitas vezes antes deste passeio, o Gand Palais nao investiu na mise en scène. As paredes eram de cor neutra, deveriam valorizar os quadros. Mas a luz crua das salas nao fazia juz à luz nos quadros do Hopper.
Tb achei que nao investiram nos goodies, nada conseguiu me interessar. Portanto, eu queria algo e nao consegui comprar nada!!!

Hoja, varios jornais publicaram artigos sobre estas duas noites com o Hopper. Gostei deste do Le Monde.

Gostei da experiência. Foi meio dificil ficar super animada tendo trabalhado o dia inteiro, mas aproveitei muito do tempo na exposiçao. Os bancos no meio das salas eram super disputados. O café que tomei depois do jantar e na fila de espera me mantiveram acordadas o suficiente.

So' falta agora que um café-restaurante ali perto participe destes eventos e proponha uma animaçao especial saida do Grand Palais, sei la, um café da manha / brunch com desconto, especial corujinhas amadores de arte. De repente na proxima vez, quem sabe!

2 comentários:

Helena disse...

Em SP e no Rio a exposição "Impressionismo: Paris e a Modernidade – Obras-Primas do Museu d'Orsay" também teve algumas madrugadas para atender o grande público. Eu fui em SP às 1h30 e tinha uma fila grande, mas gostei bastante da experiência, ainda mais de ver o CCBB no centro de SP iluminado à noite :)

Juh Rio disse...

Realmente estas noturnas dao também a oportundade de ver lugares iluminados como nunca vimos antes. Além de ver uma exposiçao legal!